domingo, 12 de julho de 2009

Uma Luz

"Seria quase perfeito (sic), se se colocasse UMA LUZ na TEORIA DO EVOLUCIONISMO. Evidentemente as alegorias poderiam ficar de lado. A Ciência é, por excelência, uma atividade iluminada, não podendo excluir o etéreo se se pretende por inteiro." (FMV, Escritos Esparsos, 2009, http://fmarcondesvelloso.blogspot.com)

Num tempo de guerras e ataques terroristas com motivações religiosas, o movimento pró-ateísmo ganha força no mundo todo. E seu líder é o respeitado biólogo Richard Dawkins, eleito recentemente um dos três intelectuais mais importantes do mundo (junto com Umberto Eco e Noam Chomsky) pela revista inglesa Prospect. Autor de vários clássicos nas áreas de ciência e filosofia, ele sempre atestou a irracionalidade de acreditar em Deus, e os terríveis danos que a crença já causou à sociedade. Em Deus, um delírio, seu intelecto afiado se concentra exclusivamente no assunto e mostra como a religião alimenta a guerra, fomenta o fanatismo e doutrina as crianças. O objetivo deste texto mordaz é provocar - provocar os religiosos convictos, mas principalmente provocar os que são religiosos 'por inércia', levando-os a pensar racionalmente e trocar sua 'crença' pelo 'orgulho ateu' e pela ciência. Dawkins despreza a idéia de que a religião mereça respeito especial, mesmo se moderada, e compara a educação religiosa de crianças ao abuso infantil. Para ele, falar de 'criança católica' ou 'criança muçulmana' é como falar de 'criança neoliberal' - não faz sentido. O biólogo usa seu conceito de memes (idéias que agem como os genes) e o darwinismo para propor explicações à tendência da humanidade de acreditar num ser superior. E desmonta um a um, com base na teoria das probabilidades, os argumentos que defendem a existência de Deus (ou Alá, ou qualquer tipo de ente sobrenatural), dedicando especial atenção ao 'design inteligente', tentativa criacionista de harmonizar ciência e religião. Mas, se é agressivo para expressar sua indignação com o que considera um dos males mais preocupantes da atualidade, Dawkins refuta o negativismo. Ser ateu não é incompatível com bons princípios morais e com a apreciação da beleza do mundo. A própria palavra 'Deus' ganha o seu aval na ressalva do Deus einsteiniano, e o maravilhamento com o universo e com a vida, já manifestado em seus outros livros, encerra a argumentação numa nota de otimismo e esperança.

Título: Deus, um delírio
Autor: Richard Dawkins
Editora: Companhia das Letras
Área: Ciências/Filosofia e História
ISBN: 9788535910704
528 pp
Preço: R$ 56,50

quinta-feira, 2 de julho de 2009

É bastante...

"É BASTANTE RECOMENDÁVEL NÓS NOS REVERMOS A NÓS MESMOS NESSE TEMPO DE QUE DISPOMOS. E SE NADA PARECER DAR CERTO, TENTEMOS UMA VEZ MAIS O AMOR. ESSA É A SENHA. SEMPRE, SEMPRE. OBVIAMENTE ESTAMOS A FALAR DO AMOR FRATERNO, SOLIDÁRIO, UNIVERSAL." (FMV, Escritos Esparsos, 2009, http://fmarcondesvelloso.blogspot.com)